Cadeira 10AJ: Cônego Gerardo Naves

Discurso de posse da acadêmica jovem
Katiasilene de Jesus de Matos


É com muito orgulho que me apresento como membro da Academia Jovem de Letras e Artes de Leopoldina. Vou ser muito sincera com vocês: nunca imaginei estar aqui.

Quando escrevi a crônica que me fez vencedora no V Concurso Literário, não acreditei que ganharia, mas... aqui estou, vivendo um momento único e muito orgulhosa de mim mesma!

Escolhi o Monsenhor Gerardo Naves como patrono. Quando pesquisando sua vida, descobri que ele é o autor do hino a Leopoldina. Aí pensei: é ele, sou apaixonada pelo hino. Ele é lindo! 

Estou encantada com sua trajetória. Nascido em São Sebastião do Paraíso, a 03-04-1912, sua vocação sacerdotal ocorreu no dia 30-11-1935, quando tinha apenas 23 anos de idade. Veio para Leopoldina em abril de 1963. Foi Cura da Catedral desde 1965 e Coordenador da Pastoral Diocesana desde 1974. Fez seus estudos de Humanidades e Filosofia no Seminário de Guaxupé e Teologia no de Belo Horizonte. Ainda neste último, fez Especialização em Psicologia e Sociologia. 

Lecionou no Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida de Leopoldina, onde foi regente do Coral daquele educandário. Também foi professor de Língua Portuguesa, Francês, Literatura Francesa e de Moral e Cívica e chegou também a dar aula de Latim, cuja língua falava fluentemente. Aposentou-se no Colégio Estadual Botelho Reis (Ginásio), onde trabalhou no período de 1963 a 1982.

Depoimentos memoriais publicados na imprensa nacional indicam que o culto Padre Naves, durante anos, usou o pseudônimo Alberto M. Alves para assinar suas composições musicais, peças de teatro, poesias e radionovelas. Desde os tempos do Seminário, mostrou profunda vocação para o mundo das Artes de modo geral, e nesse domínio foi músico, compositor, escritor, poeta e cronista. Gerardo Naves é uma escola que deveria ter alunos, é exemplo que deveria ser seguido. Em 1954, ganhou o Concurso de Música Erudita do Conservatório de Paris.

Faleceu em 13 de maio de 1985, na cidade de São Sebastião do Paraíso, aos 73 anos de idade.

Quero agradecer a Deus por ser tão maravilhoso e misericordioso comigo. Aos meus filhos, que sempre me apoiaram; a meu pai e amigo Totonho: ele sabe o quanto é especial em minha vida! Um agradecimento especial a minha professora de Português tão querida, Ana Cristina. E ao Fagner: GRATIDÃO! Ele me ensinou que, nos momentos ruins, enxergamos as coisas boas, por pior que elas sejam.

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